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Por Vaz Craveiro in

"A comunhão desejável existente entre quem e para quem se escreve confere aos leitores o direito de querer aceder à fundamentação do afirmado. Direito esse que, em todas as circunstâncias, os autores dos textos devem ter presente como um dever a que estão vinculados, prestando todas as explicações solicitadas, desse modo sustentando aquilo que, porventura, de forma geral e abstracta, conste daqueles. Liminarmente, uma palavra para o título eleito, que nada tem a ver com factos de outrora, desse modo incursionando pelos últimos séculos. Pelo contrário, trata-se de recuar apenas a um ano atrás, à corrida realizada no Cartaxo e onde a cavaleira Ana Rita foi colhida de forma brutal. Isto para dizer que, nesse espectáculo, Marcos Bastinhas protagonizou uma actuação conducente com a interpretação que perfilhamos do que deve ser o combate com o toiro de lide, chamando de largo na ferragem curta, para suscitar a arrancada do adversário, que aguentou com galhardia, reunindo, cravando e saindo limpo das sortes. Noutros ensejos, tomou-se já posição sobre as diferenças existentes entre o desafiar do toiro e o ser por ele desafiado, que outra coisa não é, ali, tentar a investida até à exaustão, aqui, vestindo pelo figurino da comodidade e do facilitismo, partir ao encontro da rês numa perspectiva vantagista, com esta, tantas vezes, a inteirar-se da situação e da presença dos oponentes (cavaleiro e cavalo) a escassos segundos de levar com o ferro. Inclusivamente, nessas oportunidades, chamou-se à colação o que se passa no toureio apeado, com o volapié a ser utilizado de forma majoritária na sorte de matar, contando-se pelos dedos das mãos os matadores que a executam a receber, pela dificuldade óbvia de gerir uma situação em que o toiro se arranca para o toureiro e que o alicantino Manzanares tão bem tem incarnado nos últimos anos. E como, na próxima sexta-feira, volta a haver corrida no Cartaxo, cujo cartel integra de novo o valoroso ginete alentejano, daí a oportunidade da evocação, com votos de que o cavaleiro possa repetir o êxito então conseguido. No mesmo sentido da personificação deste apontamento, todo ele direccionado ao jovem Marcos, avulta a circunstância de um leitor ter solicitado pronúncia sobre a maneira como lhe correram as coisas no final do mês passado, na Chamusca, em espectáculo a que assistimos, mas com o artigo correspondente centrado exclusivamente na montagem do cartel e na resposta do público, bem assim nas felicitações que, por isso, eram e foram devidas ao empresário. E, fazendo-o, agora, cumpre dizer que o elvense esteve bem acima do seu lote, luzindo-se na brega nas duas actuações, aguentando outra vez uma investida do seu primeiro na ferragem curta e entrando de frente para a cravagem do par de bandarilhas; no segundo, após dobrar-se com o hastado, os compridos primaram pela colocação, com aquele a acudir, inclusive, numa sorte de poder a poder. O mesmo se diga da ferragem curta, com o Norberto a empregar-se, o que valorizou em conformidade a correspondente prestação. É por estas e por outras que Marcos Bastinhas tem já o seu próprio público, também no seio dos aficionados mais esclarecidos, que, na medida do possível, o acompanham pelo País fora, não vá surgir-lhe um lote que propicie o êxito. Daí que aqueles se questionem sobre o teor do que se vem escrevendo acerca do seu percurso. Ainda agora, noutra interpelação, perguntou-se pela crónica da outra vez da corrida de Tomar e pela conquista alcançada em Astrologia com a descoberta de uma nova estrela… Porém, a significativa extensão, no plano relativo, das presentes considerações, recomenda deixar para outra altura a intervenção solicitada. Por agora, na evocação levada a cabo, fica o testemunho público do elevado conceito em que temos o labor do cavaleiro alentejano, prometendo comparecer ao ritmo concreto das actuais limitações impostas pela cornada que nos vitimou."

 

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